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Esportes Equestres

A equitação consiste em atividades esportivas de competição e de lazer. Sabe-se que a origem da equitação é datada em cerca de 6000 anos atrás nas estepes da Ásia Central, quando o homem e o cavalo associaram-se em “simbiose” que permitiu ao homem o avanço das sociedades da época. As sociedades que não utilizaram o cavalo não evoluíram além da condição de cidade-estado. Os esportes, atualmente, podem ser enquadrados nas categorias: Hipismo Clássico, Hipismo Rural, Equitação de trabalho, Equitação de lazer e Equitação terapêutica (ROESSLER e RINK, 2006). Ainda segundo esses autores, a origem dos esportes equestres está relacionada à utilização do equino para fins bélicos. O hipismo atual tem sua formatação moldada pelas cavalarias européias entre 1500 e 1900 anos d.C. devido ao Adestramento, Volteio, Corrida, Enduro e Salto terem sido atividades didáticas para treinamento militar. Entre as obras mais antigas acerca do tema, estão “Ilíada” e “A Odisséia” (por volta de 850 anos a.C). Estas obram datam períodos diferentes e oferecem informações acerca do desenvolvimento da equitação nesses momentos históricos. Sabe-se que o cavalo de sela era utilizado para fins pacíficos na Grécia Antiga, razão pela qual ele não aparece no romance bélico de Homero, mas aparece em A Odisséia. Em Ilíada, o autor destaca a utilização dos cavalos de tração já que a locomoção do exército e inclusive as guerras tiveram a presença de carruagens, o que indica o início temporal dos esportes com carruagem que conhecemos atualmente como Atrelagem e Corrida de Carruagens. Mais tarde, o ateniense e instrutor de equitação Simão escreveu a obra denominada “Hiposcópio” ou “O perfeito Marechal” que em cuja obra foram baseadas as obras “Equitação” e “Hiparco” ou “O Comandante de Cavalaria” ambas do oficial de cavalaria da Grécia antiga Xenofonte (430-355 a.C) cujo objetivo era ensinar Equitação não só para cavalaristas* como também para esportistas (FONZAR, 1978). Outro esporte equestre que surgiu com finalidade de utilização na guerra foi o Polo na Ásia central e foi levado à Pérsia (atual Irã) há cerca de 600 anos a.C (LYNN e DUPONT, 2017). Mais tarde surgiram os esportes de lida no campo, o surgimento foi regional e específico da história de cada esporte e os demais esportes como a corrida do Quarto de Milha, por exemplo, oriunda do Texas nos Estados Unidos por volta dos anos 1600 anos d.C (ABQM, 2017).   No Brasil, os esportes equestres chegaram junto com os europeus. O primeiro torneio oficial com cavalos foi realizado na cidade de Mauricea, Pernambuco em 1641, por ordem do holandês Mauricio de Nassau. Nos séculos seguintes, as cavalgadas e torneios esportivos informais tornaram-se comuns no país. A equitação como atividade esportiva tornou-se uma disciplina na Academia Real Militar na cidade Rio de Janeiro em 1810. Apenas 37 anos depois, foi fundado na cidade o Clube de Corridas e em 1875 a cidade de São Paulo ganhou o seu Clube de Corridas Paulistano, que atualmente chama-se Jockey Club de São Paulo. Em 1910, foi fundado o Centro Hípico Brasileiro e em 1911, o Club Sportivo de Equitação (atual Centro Hípico do Exército). Neste ano São Paulo também criou a Sociedade Hípica Paulista (ROESSLER e RINK, 2006). Estavam formadas neste momento as bases para a equitação esportiva no Brasil.

*cavalaristas são equivalentes aos soldados montados da época.

Texto por Agatha Bauer , acadêmica de Agronomia da UFPR.

REFERÊNCIAS

FONZAR, Jair. Grécia Antiga: de uma educação “cavaleiresca” a uma educação cavalheiresca. 

Educar em Revista, [S.l.], v. 2, n. 2, p. p. 83-91, dez. 1978. ISSN 1984-0411.

DUPONT, JR. George; LYNN, Brenda . History of Polo. PoloMuseum. Diponível em: http://www.polomuseum.com/sport-polo/history-polo Acesso em: 10.dez.2017.

ROESSLER, Martha; RINK, Bjarke. Esportes hípicos. Dacosta, lamartine (org.). Atlas do esporte no brasil. Rio de janeiro: CONFEF, 2006.


Adestramento

O Adestramento ou Dressage, como é conhecido internacionalmente, é uma modalidade olímpica do Hipismo que tem como objetivo explorar as habilidades do cavalo e do cavaleiro, a fim de trabalhar todas as andaduras naturais do animal da forma mais elegante e harmoniosa possível, exigindo um alto entrosamento do conjunto. 

Conhecido como “Ballet dos Cavalos”, o Adestramento surgiu na Grécia Antiga, quando os cavaleiros pregavam uma equitação sem violência e mais refinada. Durante as provas, o cavalo não pode apresentar desconforto com a embocadura e a espora, e a ação do cavaleiro deve ser discreta, para que todos os movimentos aconteçam de forma elegante e natural. Os movimentos são sutis mas exigem muita técnica.

Em uma prova de Adestramento, é pedido uma série de movimentos, que são chamadas de “figuras”, por exemplo, a partida do passo para o trote, do trote para o galope, desenhos, etc. A prova em um todo é chamada de “reprise”, que podem variar de grau de dificuldade para cada concurso e nível, com pontuação que vai de zero a dez, sendo zero o grau mais baixo.

O tamanho do picadeiro de adestramento é de 20 metros por 60 metros onde são distribuidas letras, pontos de referência para início ou término de figuras. Com base nas letras, o cavaleiro se orienta durante sua performance. À medida que os conjuntos evoluem de nível, a exigência pela precisão na geometria dos desenhos aumenta.

Dentro da escala de treinamento, existem 6 tópicos de grau de evolução do adestramento: harmonia, ritmo de contração, contato, impulsão, retidão, reunião.

No Brasil existem diversas categorias: Cavalos Novos, Iniciante, Avançado e Profissional, entre outras. Em uma prova de nível Mundial, como o Gran Prix, são exigidas figuras mais complexas e com mais precisão.

Para praticar a modalidade, busca-se animais com impulsão, retidão e movimentação elegante. As principais raças utilizadas são: Hanoveriano, KWPN, Sela Francês, Sela Belga, Holsteiner, Brasileiro de Hipismo e Lusitano.

Como funciona o Adestramento


Apartação

A apartação tem origem nas atividades diárias necessárias em ranchos e fazendas na lida com o gado, por exemplo apartar do rebanho um animal que está doente para que possa ser tratado, medicado, ou outra finalidade. De uma necessidade de trabalho dos vaqueiros, que valorizavam os cavalos bem treinados resistentes, surgiu as modalidades Western, em uma disputa para ver quem tinha os melhores cavalos, fazia melhor ou mais rápido. Dentre elas, está a apartação.

A apartação é uma modalidade na qual cavalo e cavaleiro devem se mover calmamente para dentro do rebanho, apartar uma rês (novilho), dirigi-la ao centro da arena e mantê-la afastada do rebanho. O cavalo de apartação deve combinar seus movimentos com o movimento da rês antecipando todas as suas manobras com pouca interferência do cavaleiro ou da amazona para realizar os movimentos. O juiz atribui nota ao animal pela sua habilidade de impedir a rês de retornar ao rebanho, sua movimentação e concentração. O conjunto inicia a prova com 70 pontos, destes sendo retirados pontos por penalidades ou execução imperfeita da manobra, ou acrescentados pontos por crédito.

Não existe restrição quanto a raça utilizada, entretanto, é indicado que o cavalo tenha aptidão do cavalo de apartação, o “cow sense”, que é “a habilidade do animal de apartação de auto-pensar e auto-manobrar um boi”, além de bons aprumos e força muscular. As raças mais utilizadas são as chamadas de trabalho, como o Quarto de Milha, Appaloosa, Paint Horse e raças nacionais como o crioulo.

No Brasil, ela é regulada pela Associação Nacional do Cavalo de Apartação (ANCA) e é mais praticada no Sudoeste do país, principalmente no estado de São Paulo, mas tem se expandido por todos os estados.


Arquearia Montada

A arquearia montada é uma técnica na qual um arqueiro, montado em um cavalo, é capaz de disparar tiros de flecha. Passando por muitos alvos, a velocidade pode chegar até 55km/h, com ângulo e distância constantemente sendo alterado para o alvo.

Existem relatos históricos da arquearia montada desde a antiguidade, na utilização para caça, para a guerra e para proteger rebanhos, pelos povos nômades da Eurásia, conhecidos pela sua estreita relação com os cavalos e habilidades de equitação. Os povos das pradarias da América do Norte e dos pampas da América do Sul também utilizaram a arquearia montada após a introdução dos equinos nestes continentes pelos colonizadores (PRADO, 2011). A arquearia montada é uma atividade milenar na Ásia, mas é oficialmente praticada no Brasil desde 2006 (PEREIRA, 2010). Apesar de recente, não é incomum encontrar pessoas que se interessem pela atividade no país.

Atualmente existem três principais estilos de competição (Húngaro, Coreano e Truco) e são necessários basicamente, além do cavalo, o arco, as flechas e a aljava, que consiste em uma espécie de coldre para carregar as flechas (PONTES, 2011).

Não existe restrição quanto a utilização da raça para praticar a arquearia montada, mas é necessário treinar o animal, para que ele tenha um galope cadenciado, não se assuste e não dispare, pois durante a execução do tiro, o arqueiro fica sem contato com as rédeas. No Brasil, as raças mais utilizadas são o Crioula e o Mangalarga, com o objetivo de preservar e incentivar a utilização das raças nacionais.


Atrelagem

A Atrelagem é uma prova que um, dois ou quatro animais são atrelados a um “carro” (carruagem, trole) para realizar três provas sendo elas: Adestramento, Maneabilidade e Maratona.

Adestramento: A prova é executada em uma pista de 100m x 40m com letras nas quatro laterais. O condutor deve cumprir uma sequência de figuras obrigatórias onde devem ser feitas as passagens de passo para trote e galope, auto (parada) e recuo. A prova é feita para ver a harmonia entre os animais. 

Maratona: A prova é realizada em campo aberto, dinâmica e com um percurso extenso com no máximo 18 quilômetros, com velocidades estipuladas para cada seção, é uma prova de regularidade, dividida em 5 seções. Em todas as seções são obrigatórios todos os passos: passo, trote e galope. A prova é feita para ver a resistência dos cavalos.

Maneabilidade: A prova é cumprida em uma pista de 120m x 70m, em que é feito um circuito com cones delimitando as passagens os quais têm bolas na parte de cima, e obstáculos artificiais (água, ponte de madeira, etc.) A prova é feita para observar o controle que o condutor tem dos cavalos. 

A Atrelagem animal existe há cerca de 4 mil anos a.C. e os Romanos foram de fundamental importância para o desenvolvimento desse transporte. Os nomes dos “carros” se deviam ao número de animais atrelados, tendo as “bigas” as “trigas” e as “quadrigas”. Apesar de não existir restrição quanto a raça utilizada, as provas são separadas por categorias por idade e porte físico dos animais. Alguns exemplos de raças utilizadas são o Puro sangue Lusitano, o bretão, o percheron, pôneis, entre outros.


Baliza

A prova de seis balizas trata-se de um esporte de velocidade, agilidade e destreza na condução do cavalo. O percurso consiste na colocação de seis balizas dispostas em sequências, com distância de 6,5 metros uma da outra. Trabalhando juntos, animal e cavaleiro partem em linha reta até a primeira baliza, contorna-la, passam costurando as balizas em alta velocidade até a última, e retornam fazendo o mesmo até a primeira baliza para então voltar em linha reta voltando ao ponto de partida, finalizando assim a prova. Cada baliza derrubada acrescenta cinco segundos ao tempo final do competidor. O vencedor é quem conseguir completar a prova em menos tempo.

A modalidade possui sua origem semelhante a modalidade de três tambores, como a mesma finalidade de entretenimento, fazendo parte das apresentações em rodeios. No Brasil esse esporte é regulamentado pela National Barrel Horse Association of Brazil (NBHA), e também faz parte de eventos como o rodeio. Para a prova são utilizados uma variedade de cavalos das raças Appaloosa, Crioulo, Quarto de Milha e Puro Sangue Árabe, no entanto, não há impedimento para que outras raças venham a ser utilizado nessa modalidade.


Bulldogging

Bulldogging, também conhecido como Steer Wrestling nos Estados Unidos, é uma modalidade praticada em dupla, na qual o cavaleiro precisa derrubar o garrote no menor tempo possível.

O cavaleiro da esquerda é chamado de bulldogueiro e seu objetivo é apanhar o boi e derruba-lo, enquanto que o da direita é chamado de esteira, que serve para auxiliar na trajetória do boi pela pista. O tempo total para concluir a prova é de 60 segundos, mas há penalidades no tempo caso os competidores infrinjam às regras. O tempo é cronometrado por 3 pessoas que não são os juízes e o tempo considerado é o do meio.

Historicamente, alguns dizem que sua origem se deu em 1930 por um fazendeiro chamado Bill Packett, que conseguiu capturar um boi seu que tinha fugido pulando sobre ele do cavalo, agarrando-o pelos chifres. Outros dizem que surgiu de alguns colonos que observavam como seus cachorros pegavam bois fugidos pulando sobre o pescoço do boi e levando-o ao chão.

A raça de cavalo mais utilizada nessa modalidade é o Quarto de Milha pois são ágeis, velozes e tem aptidão para trabalhar com o boi.

Hoje a associação que regulamenta o esporte é a Liga Nacional de Bulldogging (LNB). A modalidade conta atualmente com cerca de 30 competidores no Brasil.


Conformação

O ato de escolher os cavalos pelo exterior, vem desde os primórdios da domesticação da espécie. Os vacilos são selecionados pelo seu biotipo com o objetivo de preservar o padrão racial das raças.

Os cavalos são categorizados por idade e sexo através de uma avaliação pela constituição física, equilíbrio, a linha de aprumos, harmonia, grau de musculatura dando ênfase aos atributos que valorizem a habilidade do cavalo para desempenhar uma determinada função apresentando um padrão estético agradável.

A conformação dos cavalos é avaliada no mundo inteiro desde que o cavalo foi domesticado, e as associações das raças normatizam as provas criando critérios para melhorar a morfologia dos animais.

Algumas raças possuem linhagens específicas para conformação, como por exemplo: Quarto de Milha, Paint Horse e Appaloosa. Os juízes avaliam a harmonia através da nota que eles dão para cada local julgado. Para mais informações consultar a sessão “morfologia” do site.


Concurso Completo de Equitação

O Concurso Completo de Equitação (CCE), é um evento do hipismo que reúne o adestramento, cross-country e o salto, podendo ser disputado de duas maneiras, um dia (ODE), ou três dias (3DE). As três provas do CEE acontecem individualmente não podendo trocar de cavalo depois de iniciada.

A primeira fase da modalidade consiste no adestramento, em que cavalo e cavalheiro deve realizar uma série de movimentos, figuras, já pré-estabelecidas (Para mais informações consultar a sessão de “adestramento” do site). Cross-country é a segunda fase da prova, em que o conjunto transpõe obstáculos fixos em uma pista de grama, com percurso de, em média, 10 minutos de duração. A última fase é o salto, em que cavalo e cavaleiro devem saltar por obstáculos determinados (para mais informações consultar a sessão de “salto” do site).

As provas surgiram graças às caçadas realizadas na Inglaterra, onde cavalos eram expostos à obstáculos naturais com diferentes níveis de dificuldade, mostrando suas habilidades, resistência e, com o passar do tempo, os grupos de caçada passaram a organizar pequenos eventos para exibir seus animais saltadores, além de sua própria equitação. A modalidade foi se desenvolvendo e se tornando cada vez mais popular na Europa, até incluir o grupo do “triatlo equestre” ao lado das provas de salto e adestramento, e se tornou um esporte olímpico.

Com tamanha importância e visibilidade no “mundo do cavalo”, os critérios de segurança para o conjunto se tornaram cada vez mais eficientes, mantendo sempre a preocupação com a saúde e bem estar animal, já que, diferente de seu cavaleiro, ou amazona, o cavalo é conduzido, pois o ritmo da prova é ditado pelo cavaleiro. Para que um conjunto possa participar da competição, o animal passa por uma precisa avaliação veterinária antes e depois da prova, e caso atestado qualquer alteração no estado de saúde do animal o conjunto é desclassificado, assim como, se no meio da prova houver alguma queda ou o cavalo apresente “manqueira” (claudicação), serão convidados a se retirar do percurso.

O nível de exigência dos percursos varia de acordo com a categoria da competição, que vai de 2 a 5 estrelas, podendo ter obstáculos de rio, troncos e cercas. O melhor conjunto em pista será aquele capaz de realizar a prova “zerado”, ou seja, abaixo do tempo pré-definido pelo desenhador da prova e sem penalidades. A cada refugo (quando o cavalo se nega a saltar) somam-se pontos, e no segundo refugo ou em uma queda serão automaticamente desclassificados.

Os cavalos mais populares nas provas de CCE são animais de sela européia, como: Sela Francesa, Sela Belga, KWPN, Hanoveriano, Puro Sangue Inglês, Westphalen, Holsteiner e nosso Brasileiro de Hipismo, que vem dessas influentes raças estrangeiras. Porém, não há proibição a respeito de raças praticantes, apenas se opta por animais com aptidão para salto, galope confortável, andaduras bem impulsionadas e índole confiável.

Curiosidades: As provas de Cross e CCE chegaram no Brasil graças à influência Francesa na escola Militar do Exército Brasileiro, e desta forma, o esporte se tornou muito comum dentro dos quartéis militares, os quais são geralmente as sedes de Concursos Completos, como o Complexo de Deodoro (sede da Rio 2016) e AMAN (Academia Militar das Agulhas Negras). Além do enorme investimento em cavalos da raça Brasileiro de Hipismo, vindos da Coudelaria do Rincão, do Exército, que fornece exemplares para militares do país todo.


Equitação de trabalho

A equitação de trabalho avalia o entrosamento e a agilidade do cavalo e do cavaleiro quando estão realizando tarefas do dia a dia no campo. A prova é dividida em quatro etapas, sendo elas:

Prova de ensino: avalia o entrosamento entre cavaleiro e cavalo ao executar ordens como troca de mão, de direção e andar, em suma, comandos necessários para a execução da lida diária do campo.

Maneabilidade: avalia a precisão e o estilo com que o cavalo consegue evitar obstáculos.

Prova de velocidade: avalia o tempo em que cavalo e cavaleiro conseguem executar as tarefas.

Prova da vaca: consiste em um trio de cavaleiros separar uma vaca do rebanho e a levá-la para o outro lado da arena.

A avaliação consiste em dar notas de 0 a 10 para cada etapa e a nota final consiste no somatório das notas subtraindo-se as penalidades. A não execução de uma tarefa anula a nota de uma prova inteira. 

A equitação de trabalho surgiu na França e na Itália, e difundiu-se na Europa, especialmente na Espanha e em Portugal. Estes países criaram uma regulamentação para o esporte, com o objetivo de unificar os conceitos equestres, respeitando a tradição de cada região. Com isso, foi possível criar, em 1998, o Campeonato da Europa de Equitação de Trabalho. Com a difusão da modalidade, outros países passara a participar do esporte. 

No Brasil, o esporte chegou em 2000 e, em 2005, a equitação de trabalho ganhou a World Association for Working Equitation (WAWE), uma associação internacional com o objetivo de promover o esporte, desenvolver seu regulamento e promover o intercâmbio entre os países. A WAWE está situada em Roma, na Itália.

Segundo as normas da Associação, qualquer cavalo de quaisquer raças pode competir neste esporte desde que estejam devidamente registrados de acordo com as regras de registo de animais da WAWE.


Freio de Ouro

A competição é dividida em sete provas, cada uma tem uma pontuação e um peso específico a ser conquistado pelo cavalo e seu ginete. Quem obtiver melhor pontuação na soma das etapas é o grande campeão.

A primeira fase é a análise morfológica dos animais, em seguida vem o julgamento funcional feito nas provas de andadura, figura, voltas sobre patas e esbarrada, mangueira, campo e Bayard/sarmento (disputada na última fase).

·       Andamentos: O equino é submetido a três andamentos típicos da raça, sendo elas o tranco, trote e galope.

·       Figura: O equino precisa realizar um percurso pré-determinado, demarcado com feno, no menor tempo possível.

·       Volta sobre patas e esbarrada: Consiste na execução de três movimentos distintos: giro do animal sobre ele mesmo, esbarrada e recuada em linha reta.

·       Mangueira: Em uma mangueira de 16X9 metros, o ginete precisa manter apartado um novilho durante 45 segundos. Em seguida, realiza duas pechadas em um novilho.

·       Campo: Nessa etapa são executadas duas paleteadas com retomada e recondução do novilho.

·       Bayard/Sarmento: Consiste na realização de um percurso pré-determinado, em linha reta, onde deverão ser executadas esbarradas, atropeladas, volta sobre pata e recuada. Esta prova é realizada na última fase do Freio de Ouro junto a repetição das provas de mangueira e campo que acabam sendo decisivas na escolha do grande campeão.

Criada em 1977, na cidade de Jaguarão – RS, pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos. Mesmo com as instalações dessa exposição sendo modestas e o número de participantes limitado, a prova foi aumentando a popularidade a cada edição, chamando a atenção da ABCC. Em 1980, a 3ª Funcional conseguiu chamar a atenção do país inteiro, tendo sido visitada então pelo presidente da República, General João Batista Figueiredo, um amante de cavalos. 

No primeiro ano com as três classificatórias, participaram 12 animais, sem distinção de gênero. O primeiro campeão foi Itaí Tupambaé, filho de La Invernada Homero (consagrado reprodutor da raça) e Preciosa dos Cinco Salsos, do criador Oswaldo Dornelles Pons e ginete Vilson Charlat de Souza, do município Dom Pedrito do RS. 

A partir dessa data a prova se tornou a mais importante da raça Crioula, a qual é a mais criada no Rio Grande do Sul. Em 1983, a prova do Freio de Ouro foi batizada com o nome do Roberto Bastos Tellechea, como uma homenagem póstuma a esse incentivador da raça Crioula. 

Atualmente a competição conta com 12 classificatórias, duas delas internacionais, por onde passam mais de mil animais anualmente.

Algumas regras básicas da prova são:

·       O freio e a barbela tendo um lacre para não serem trocados durante a prova;

·       O baixeiro tem que ser feito de lã;

·       É proibido o uso de protetores de patas;

·       O uso de esporas é obrigatório.


Horseball

Horseball é um esporte coletivo baseado em ataques e defesas com o objetivo de marcar gols. Cada time tem quatro jogadores, mais dois substitutos (6 no total), e eles devem fazer um mínimo de três passes entre três jogadores diferentes antes de marcar gol. A bola não pode ficar mais de 10 segundos nas mãos do jogador. Quando a bola cai, o jogador deve pegá-la sem desmontar o cavalo, essa ação é chamada de “ramassage”, termo francês para pegar a bola. Os jogadores pontuam jogando a bola através de um arco, que fica em cada extremidade do campo. No final vence a equipe que marcou mais gols durante o jogo.

O esporte nasceu na França na década de 70, na verdade adaptado e aprimorado pelos franceses, visto a extrema rusticidade do jogo praticado no Afegão, Argentina, Ásia Central, Índia e África do Sul. Atualmente a modalidade equestre é reconhecida pela FEI (Federação Equestre Internacional), com federação internacional própria – Federação Internacional de Horseball (FIHB).

No Brasil o esporte teve início em 1992, e já conta com a atuação da associação Horseball Brasil (HBB), representando o país frente a FIHB. A partir de 2003, difundiu-se no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal e na Região Sul do País. O Brasil foi o primeiro país não-europeu a disputar um campeonato internacional de Horseball, em 2004, na Espanha. Posteriormente, jogou o primeiro Campeonato Mundial em 2006, na Argentina e, em 2008, o mundial em Portugal.

Os cavalos de horseball devem ser enérgicos, mas também calmos ao mesmo tempo, corajosos e sociáveis. De fato, não há raça específica, porém cavalos árabes e lusitanos mostram excelentes habilidades. No entanto, todos os cavalos e pôneis podem ser treinados para o horseball.

Horse-Ball : The most impressive equestrian sport


Laço Comprido

O laço comprido é uma modalidade em que o competidor, montado em um cavalo, deve laçar um bovino que é solto dentro de uma arena. O competidor deve segurar o cavalo dentro do brete até o momento em que o bovino é solto na arena, sendo penalizado caso saia antes. O laço deve ser de couro e ter de 18 a 20 metros.  É uma prova que exige habilidade, agilidade e sintonia entre o animal e o laçador. A laçada precisa ser feita nos dois chifres do boi, evitando que se solte, sob o risco de penalidade.

A modalidade surgiu como uma necessidade de retenção do gado, em virtude da ausência de contenção de animais por cercas, e como forma de resgatá-los, os mesmos eram laçados. No decorrer do tempo, essa prática cresceu e tomou proporções competitivas, tendo ocorrido o primeiro grande evento em Esmeralda, Rio Grande do Sul, na década de 50, originando então os atuais rodeios do esporte, conhecidos em âmbito nacional. Atualmente o esporte é mais praticado nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. As raças utilizadas para a prática desse esporte não são específicas, qualquer raça pode ser utilizada.


Marcha de Resistência

A marcha de resistência consiste em testar a rusticidade, a resistência e a capacidade de recuperação do cavalo em percorrer 750 quilômetros, ao longo de quinze dias. Oriunda da América Latina, a Prova foi criada oficialmente em 1971, é regulamentada pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), e é utilizada como critério de seleção dentro da raça crioula.

Antes da competição, todo os animais são reunidos e permanecem soltos, durante 30 dias, no mesmo local, com as mesmas condições climáticas e alimentares. Após esse período, inicia-se a prova de marcha, na qual é dividida em três etapas:

·       Fase regulada: todos os competidores iniciam e terminam a etapa no mesmo horário.

·       Fase semi-regulada: todos iniciam a prova juntos, mas possuem um tempo mínimo e máximo para a realização da etapa.

·       Fase livre: última etapa da prova, sem limite de tempo.

A comissão veterinária tem total soberania para avaliar os animais e desclassifica-los, mediante constatação de que o cavalo não tem condições de permanecer na prova sem riscos para sua integridade física. A marcha é dividida nas categorias: reprodutores, cavalos castrados, éguas e éguas menores de sete anos, e é realizada por cavalos da raça crioula, maiores de quatro anos. 

Curiosidades: O peso mínimo do ginete com os arreios é de 95kg (noventa e cinco quilos), para dar início a cada etapa, sendo tolerada, na chegada, a diferença de 3kg (três quilos).


Polo

Polo é um jogo de equipe dinâmico e emocionante montado a cavalo. Um dos esportes mais antigos do mundo, acredita-se que tenha se originado na Pérsia há mais de 2000 anos. O jogo como o conhecemos hoje tem origem na Índia em 1800, onde os soldados britânicos que estavam posicionados lá, viram um jogo sendo executado localmente e o adaptaram para seus próprios usos, frequentemente usando-o como treinamento para cavaleiros da cavalaria.

Trazido para a Grã-Bretanha logo depois, as regras foram estabelecidas e, a partir de então, o jogo se espalhou, e agora é jogado em todo o mundo, onde, assim como o Reino Unido, é particularmente popular na Argentina e nos EUA. O esporte é supervisionado pela Federação Internacional de Polo (FIP).

O Polo consiste no enfrentamento de duas equipes adversárias, cada uma contendo quatro jogadores, sendo dois atacantes, um meio de campo e um de defesa que tem como objetivo marcar mais gols. A pontuação é feita por bater a bola com tacos que são feitos de cana de bambu.  A partida é dividida em tempos de sete minutos, com intervalos entre um tempo e outro de três minutos. Cada tempo de sete minutos é chamado de “Chukka”.

O esporte se espalhou pelo mundo e chegou ao Brasil através de imigrantes ingleses e no Sul através de argentinos e uruguaios por volta de 1920. Atualmente o Polo está presente em mais de 50 países e é bastante expressivo em São Paulo, onde o jogo conta com uma Federação Paulista de Polo (órgão que regulamenta o esporte no Brasil), mas também está muito presente no Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.


Prova de Marcha

Criadas para selecionar os melhores reprodutores das raças: Mangalarga Marchador, Campolina e Crioulo campeiro, a prova tem como objetivo exaltar os melhores animais marchadores de cada raça, a fim de escolher aqueles animais capazes de passar aos seus filhos uma melhor qualidade de andadura, ou seja, aquela capaz de conciliar boa movimentação com conforto.

As provas, são divididas em categorias por idade e gênero (cavalos jovens, adultos, castrados, garanhões e éguas). Há ainda subdivisões para tipos de marchas específicas: Marcha Batida, De Centro e Picada.

Nas atuais provas se buscam animais que demonstrem beleza, conforto e harmonia. Há também, em algumas Nacionais do Cavalo, provas de morfologia, que visam além do andamento, o melhoramento genético para o padrão da raça, características morfológicas de conformação e de pelagem.

As provas são realizadas como grandes feiras, conciliadas com exposição dos exemplares e um júri responsável pela avaliação dos andamentos e aprumos dos cavalos. A marcha deve ser natural, visto que é um andamento do cavalo e não algo a ser ensinado ou artificializado.

A prova de marcha precisa possuir no mínimo 3 animais em pista e um juiz de prova, e a escolha do campeão e vice pode se dar pela avaliação de um juiz, ou sistema de notas somadas com uma bancada de júri. Algumas raças possuem provas para animais com menos de 36 meses, onde o potro é apresentado no cabresto e não montado como os animais acima dessa idade e já domados.


Rédeas

Prova técnica de demonstração de um conjunto de manobras, círculos, spins, troca de mão, esbarro, recuos, rollback, rundowns e pausa. Os fundamentos consistem no cavaleiro ter total domínio do cavalo, assim como de seus movimentos, que deve atender todos os seus comandos sem apresentar resistência ou incômodo.

Em 1966 foi criado a associação NRHA (National Reining Horse Association) nos EUA e até hoje é uma das modalidades que mais atrai público em seus eventos, se tornando uma modalidade esportiva de fato em 1996, quando foi apresentada para mais de 30mil pessoas em Atlanta, nas Olimpíadas e em 2002 entrou para os Jogos Equestres Mundiais, ganhando posteriormente, em 2004, a FEI World Reining Masters, competição anual realizada nos EUA.

No Brasil a prova chegou trazida pelos criadores do Quarto de Milha, na década de 80, e as primeiras competições foram promovidas pela ABQM (Associação Brasileira de Criadores do Cavalo Quarto de Milha) e em 15 de abril de 1989 foi fundada a Associação Nacional do Cavalo de Rédeas, ANCR. Apesar de ser uma prova característica dos cavalos de trabalho Quarto de Milha, Appaloosa e Paint Horse, raças como Crioulo, Árabe e Mangalarga Marchador aderiram o esporte também. As principais provas brasileiras são Derby, Potro do Futuro, Campeonato Nacional de Rédeas e Super Stakes.


Rodeio

O Rodeio consiste em uma prova de resistência em que o peão precisa permanecer por até oito segundos sobre o animal, cavalo ou boi. A contagem é feita por 2 juízes, um fica responsável em avaliar o animal e o outro o peão. A pontuação vai de 0 a 100 pontos (representando 50% da nota do animal e os outros 50% do peão), cada juiz faz uma avaliação de 0 a 50 pontos sendo o resultado da performance a soma dessas notas.

Essa modalidade esportiva teve início nos Estados Unidos após uma incorporação de algumas tradições culturais do povo mexicano, que eram de origem espanhola, entre elas estavam festa e doma de animais.

No Brasil o rodeio teve início na cidade de Barretos, São Paulo, local e que conhecido por ser um corredor de boiadeiros que sempre passavam como meio de transporte de gados entre um estado de outro. Como forma de demonstrar suas habilidades os peões se exibiam, no decorrer do tempo a prática acabou ocasionando o crescimento e popularização desses eventos.

Para a prática do esporte não havia nenhuma raça específica para competição, bastava apenas que o cavalo apresentasse aptidão para pulos, sendo utilizados cavalos xucros. Atualmente já se faz uso de Bucking Horse e Quarto de Milha.


Salto

Popularmente conhecido como Hipismo, é a modalidade equestre que traz consigo o objetivo de demonstrar técnicas e agilidade na montaria, por meio de transposição de obstáculos.

O salto é original da Inglaterra, por volta do século XVIII, com os grupos de caça montada que iam à campo para promover grandes eventos de Hunter e, durante o trajeto acabavam transpondo obstáculos naturais, como troncos, pequenos rios, barrancos e demais desníveis do ambiente. Aos poucos, os cavaleiros começaram a simular as caçadas em espaços reduzidos, saltando troncos e obstáculos artificiais, para demonstrar suas técnicas e agilidade em ultrapassa-los.

A primeira competição ocorreu no ano de 1868, em Dublin, para testar a capacidade dos cavalos de caça. No ano de 1900, o esporte tornou-se uma modalidade olímpica, na cidade de Paris, França. No Brasil, a modalidade teve início com os militares, para capacitar seus soldados visando uma equitação mais eficiente e esteticamente agradável. As competições oficiais no Brasil ocorrem desde os 0,60m, nas escolinhas de todas as hípicas e centros equestres país a fora, até provas de 1,60m, as quais são, também, altura para provas a nível de competições mundiais como Olímpiadas e Global Champions Tour, uma das provas mais importantes da atualidade.

O salto integra o “trio” de provas Olímpicas, junto de Adestramento e o Concurso Completo de Equitação, que exige um único cavalo capaz de participar de provas de Cross Country, Salto e Adestramento. Atualmente as raças mais utilizadas são originárias da Europa, como por exemplo: Hanoveriano, Westphalen, Sela Francês, Sela Belga, KWPN, as quais são raças para a base do Brasileiro de Hipismo, que têm evoluído a cada ano em solo nacional, chegando com força nas provas a nível mundial.

Curiosidade: Antigamente, a posição adotada pelos cavaleiros era sentado na sela, com os ombros para trás, apoiados na boca do animal – através das rédeas – e com os estribos longos. Desta forma, o corpo do cavaleiro permanecia em contato com o do cavalo durante o salto, muito diferente de atualmente, que mudou após um cavaleiro italiano chamado Frederico Caprilli demonstrar uma posição batizada de “assento adiantado”, no qual o cavaleiro eleva o corpo na sela e permite que o cavalo alongue o pescoço e tenha mais liberdade no salto. É a única modalidade olímpica em que homem e mulheres competem juntos, em condições de igualdade.


Team Penning

Team Penning é um evento esportivo que envolve a movimentação de gado por equipes de cavaleiros a cavalo. O esporte consiste em uma prova de habilidade, velocidade, agilidade e, especialmente, entrosamento, que são demonstrados em equipes compostas de três competidores, que trabalhando juntos devem identificar, mover e capturar bois pré-selecionados dentro de um rebanho, em uma corrida contra o tempo.

Com origem nos Estados Unidos, Texas, no final do século 19, o Team Penning (team = equipe/pen = curral) era praticado como meio de lida nas fazendas de gado, em que era necessário separar um animal do rebanho para execução das tarefas diárias do campo.

No Brasil, o Team Penning chegou por volta de 1995 e popularizou-se ganhando muitos adeptos, principalmente concentrados em sua maioria no estado de São Paulo onde estabeleceram-se núcleos, ligas e associações regionais que, atualmente, passaram a organizar provas e campeonatos. 

A raça mais utilizada para a prática do esporte é o quarto de milha, não havendo restrição a utilização de outras raças.

Os participantes estão sujeitos a regras como de não maltratar os animais, tantos cavalos quantos os bois utilizados, não devendo exceder em brutalidade contra os animais, sob pena de desqualificação na prova.


Team Roping

Team roping é uma modalidade que requer muita cooperação entre dois cavaleiros – um cabeceiro e um pezeiro – e seus cavalos. O evento teve origem em fazendas, quando os vaqueiros precisavam tratar ou marcar grandes novilhos, e a tarefa se mostrou muito difícil para um homem apenas.

O cabeceiro, é o primeiro a laçar o animal pela cabeça enquanto o pezeiro se prepara para laçar os pés do animal. A atividade é realizada com marcação de tempo e uma dupla bem treinada faz a atividade, em média, em sete segundos.

O cabeceiro só pode dar a largada depois do novilho e caso isso aconteça, são acrescentados dez segundos de penalidade no tempo total da dupla. Caso o pezeiro lace apenas um dos pés, ao invés dos dois ao mesmo tempo, são acrescentados cinco segundos de penalidade no tempo total.

O vencedor é a dupla que obtiver menor tempo total. O cavalo mais usado para o esporte é o Quarto de milha.


Três Tambores

A modalidade de três tambores junta cavalo e cavaleiro em uma corrida contra o tempo, envolvendo muita agilidade e velocidade. Três tambores são montados em uma arena em formato triangular, com distância de aproximadamente, 30 metros entre um e outro. Para realizar a prova com perfeição, é preciso contornar cada tambor com um giro de 360º. Cada tambor derrubado é visto como penalidade, em que se acrescenta 5 segundos no tempo final. Para atestar a integridade física dos animais, é feita uma inspeção veterinária antes e depois da prova. Caso seja constatado a existência de alguma lesão na mucosa da boca ou no baixo ventre (onde existe a ação das esporas), o competidor é desclassificado.

Não existem muitas informações sobre o histórico dos três tambores. Acredita-se que o esporte tenha sido criado pelas mulheres do velho oeste, enquanto aguardavam seus maridos voltarem para casa, e foi a primeira prova a ter participação feminina nos rodeios americanos.

As raças mais utilizadas são as ditas de trabalho, com boa impulsão e velocidade, como o Quarto de Milha, o Appaloosa e o Paint Horse, mas também é possível encontrar outras raças participando das competições, como a raça árabe ou puro sangue inglês.

Curiosidades: em 1947 foi realizado o primeiro rodeio feminino, nos dias 23 a 26 de setembro, por Nancy Binford com 25 anos e Thena Mae Farr com 19 anos, durante a “Amarillo’s Tri State Fair” (Feira Tri Estadual de Amarillo).


Turfe

Popularmente conhecido como “corrida de cavalos”, o turfe nada mais é do que a corrida de cavalo legalizada e fiscalizada, que possui o objetivo de vencer o páreo contra outros animais.

Criado na Inglaterra, por volta do século XVII, o Turfe tinha como função de entretenimento e foi desenvolvido de acordo com a criação da Raça Puro Sangue Inglesa, a qual teve toda sua seleção baseada na aptidão para corrida.

No Brasil o esporte chegou em meados do século XIX, e já teve sua permanência garantida através dos principais Hipódromos, os quais são regulamentados e fiscalizados periodicamente, participando de associações do cavalo Puro Sangue Inglês e provas classificatórias para os Grandes Prêmios.

Principais Hipódromos Brasileiros:

·       Hipódromo da Gávea / Jockey Club Brasileiro (RJ)

·       Hipódromo do Tarumã / Jockey Club do Paraná (CWB)

·       Hipódromo de Cidade Jardim / Jockey Club de São Paulo (SP)

·       Hipódromo do Cristal / Jockey Club do Rio Grande do Sul (POA)

Atualmente existem mais oito Hipódromos que promovem corridas em pista oval, e outras duas em cancha reta no Brasil. Os dois Hipódromos que promovem as provas de cancha reta permitem páreos de cavalos Quarto de Milha e Paint Horse, outras duas raças de velocidade. Na categoria de cancha reta, as corridas possuem traçado entre 300 e 500 metros, enquanto as voltas fechadas variam em 1500 e 2000 metros, e os grandes prêmios chegam a possuir traçado de 4000 metros.

As distâncias mais comuns são denominadas:

·       Fundistas (provas de resistência, com 2400m percorridos)

·       Milheiros (provas de uma milha, 1600m)

·       Sprinters (provas de velocidade, 1000m)

Para a participação nas provas, os animais devem possuir laudos veterinários que comprovam suas condições para correr, exames de Anemia Infecciosa Equina e Mormo em dia, e histórico de lesões. Antes de cada prova os animais são examinados por médicos veterinários, que analisam sua frequência cardíaca, temperatura corporal e peso. Se estiverem dentro das condições exigidas, o cavalo é encaminhado para a pista e autorizado à entrar na prova. Caso seja notado alguma claudicação (“manqueira”) ou alteração na saúde do atleta, ele está previamente desclassificado.


Vaquejada

A vaqueja consiste em uma competição entre equipes formadas por 2 integrantes. A dupla montada persegue um boi por uma pista e tentam derrubá-lo em uma faixa apropriada para a queda, que possui dez metros de largura, desenhada na areia da pista com cal.

A modalidade teve início na região Nordeste no final do século XIX, restrito aos proprietários de fazendas e sítios, onde peões contratados pelos coronéis, deveriam buscar os bois no meio da mata. Diante da habilidade demonstrada por esses peões, iniciou-se a organização de eventos para prática da modalidade com disputas entre os participantes.

Praticado em grande parte do território nacional, é na região nordeste que esse esporte tem sua grande representatividade, considerado como um legado nordestino, e tem a cidade de Currais Novos, no Estado de Rio Grande do Norte o seu berço histórico.

As raças mais utilizadas para a prática da vaquejada são as Quarto de Milha, Appaloosa e Paint Horse.


Volteio

Simplesmente descrito como ginástica a cavalo, Volteio é um elo harmonioso entre cavalo e atleta que cria exibições acrobáticas de habilidade e precisão. O cavalo é controlado por uma guia longa e se move em um círculo de 15 metros; a maioria dos exercícios é realizada no galope, embora algumas manobras difíceis sejam feitas no passo. São feitos movimentos livres e obrigatórios, onde são avaliados execução, postura, dificuldade, criatividade, ritmo e outros movimentos da ginastica artística. A apresentação é executada seguindo uma música e pode ser individual, em dupla e em equipe, composta por ate 8 pessoas, sendo sete titulares e um reserva.

A origem do volteio é muito antiga, e o esporte se apresenta de diversas formas, conforme a região onde se desenvolveu, por exemplo: volteio western, volteio turco, volteio circense.

O Volteio é uma modalidade olímpica e, no Brasil, foi introduzido nas escolas militares, para aprimorar a equitação e o equilibrio dos cavaleiros.

Para a modalidade, não existe restrição quanto a raça utilizada, entretanto, busca-se um cavalo com algumas caracteristicas ideais para o esporte, como cadencia no galope, boa indole, resistência e força. Alguns exemplos de raças utilizadas são o Lusitano, o Brasileiro de Hipismo, o Hannoveriano e Holsteiner.

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Pesquisa, Ensino e Extensão em Equideocultura

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